segunda-feira, 18 de outubro de 2010

LEUCEMIA INFANTIL


 A leucemia é a forma de cancro (neoplasia) mais comum na infância. Corresponde a aproximadamente 30% das neoplasias nesta faixa etária. A sua causa não é ainda conhecida e acredita-se que possa existir mais do que um factor causal.

      A palavra leucemia vem do grego e é composta por «leuco» que significa branco e «heme» que significa sangue.

      Os dois tipos mais frequentes são a Leucemia Linfocítica Aguda (ou linfoblástica, LLA) (75%) e a Leucemia Mieloide Aguda (ou mieloblástica, mielocítica, mielogénea, mieloblástica, mielomonocítica, LMA) (15-25%). As leucemias crónicas são raras na infância, sendo a mais comum a Leucemia Mielóide Crónica.
  
      A leucemia aguda aparece subitamente e a sua evolução é muito rápida e mortal, se não for tratada. É portanto muito importante que o diagnóstico seja feito rapidamente e iniciado o tratamento precocemente. Presentemente a Leucemia é uma doença com alto potencial de cura, com tratamentos intensivos de quimioterapia, por vezes associada à radioterapia ou através de transplante de medula óssea. A gravidade da doença varia de doente para doente, dependendo quer das características particulares de cada Leucemia quer das características próprias do doente.

 Linfomas e leucemias são tumores das células do linfa e sangue, as quais têm origem na medula óssea. Se a maioria das células neoplásicas se concentra em orgãos linfoides são linfomas, se estão na medula óssea são leucemias.
Leucemia (geralmente LLA) é a forma maligna infantil mais comum, a leucemia linfoide aguda, um tipo de câncer que se manifesta na medula óssea, local onde o sangue é produzido. Este tipo específico afeta as células do sangue responsáveis pelos anticorpos, proteínas defensoras das infecções, e é o mais frequente em crianças. A sobrevivência das crianças é muito boa para leucemia (80%).

Melograma: É um exame de grande importância para o diagnóstico e para a avaliação da resposta ao tratamento, indicando se não são mais encontradas células leucêmicas na medula óssea (remissão completa medular). Esse exame é feito sob anestesia local e consiste na aspiração da medula óssea seguida da confecção de esfregaços em lâminas de vidro, para exame ao microscópio. Os locais preferidos para a aspiração são a parte posterior do osso ilíaco (bacia) e o esterno (parte superior do peito). Durante o tratamento são feitos vários mielogramas.
Tratamento
Como geralmente não se conhece a causa da leucemia, o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas, para que a medula óssea volte a produzir células normais. O grande progresso para obter cura total da leucemia foi conseguido com a associação de medicamentos (poliquimoterapia), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea. O tratamento é feito em várias fases. A primeira tem a finalidade de atingir a remissão completa, ou seja, um estado de aparente normalidade que se obtém após a poliquimioterapia. Esse resultado é conseguido entre um e dois meses após o início do tratamento (fase de indução de remissão), quando os exames não mais evidenciam células leucêmicas. Isso ocorre quando os exames de sangue e da medula óssea (remissão morfológica) e o exame físico (remissão clínica) não demonstram mais anormalidades.
Transfusões: Durante o tratamento, principalmente na fase inicial, os pacientes recebem, quase diariamente, transfusões de hemáceas e de plaquetas, enquanto a medula óssea não recuperar a hemopoese (produção e maturação das células do sangue) normal


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